Eu sou uma grande decepção!
Um dia fiquei triste.
Muito triste!
Peguei lápis e papel,
E escrevi um poema.
Leram meu verso.
Riram do meu verso.
Ridicularizaram o verso:
- Devia ter se deprimido!
- Devia ter se jogado em uma cama!
- Devia ter pulado de um arranha-céu!
Mas eu falhei...
Eu escrevi um verso.
Fiquei triste e poetizei,
Fiquei triste e chorei palavra.
Causei grande frustração!
Um dia fiquei bêbada.
Muito bêbada!
Disse às pessoas que amo,
Que eu as amo.
Ouviram meu gesto.
Riram do meu gesto.
Ridicularizaram o gesto:
- Devia ter ido à rua f* uma p*!
- Devia ter xingado quem me era caro!
- Devia ter dado murro e facada!
Mas eu falhei...
Eu amei pessoas.
Me embriaguei e não traí,
Me embriaguei e vomitei o bem.
Causei grande frustração!
Eu sou uma grande decepção!
Não atendo às expectativas.
Eu fracassei.
Eu venci.
(12/03/2011)
Eu??
- Luciana Fiuza / Laura Santos
- Belo Horizonte, MG, Brazil
- Just getting better...
quinta-feira, 17 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
Blues com B
Blues com B
(ou Soneto em Mi menor)
Lhe entreguei quase sinfonias de harmônicos
Desejei ir mais alto nos degraus labirínticos
Me tresdobrei em tercinas, terças, terçãs...
Num cunicultor quase tive crenças vãs.
-
-
-
-
Ah! Solitário solilóquio ante a alvorada
Qual índia Esse-ro nhe que fala (em hipérboles)
Com os olhos o que não pode cantar em palavra
Em troca de um mero querer pela metade
Ilesa ao grau! Ao vento que gritava em sinédoques
Eu era alheia. E quase perdoei seu quase amar. Quase.
(ou Soneto em Mi menor)
Lhe entreguei quase sinfonias de harmônicos
Desejei ir mais alto nos degraus labirínticos
Me tresdobrei em tercinas, terças, terçãs...
Num cunicultor quase tive crenças vãs.
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Ah! Solitário solilóquio ante a alvorada
Qual índia Esse-ro nhe que fala (em hipérboles)
Com os olhos o que não pode cantar em palavra
Em troca de um mero querer pela metade
Ilesa ao grau! Ao vento que gritava em sinédoques
Eu era alheia. E quase perdoei seu quase amar. Quase.
quinta-feira, 3 de março de 2011
As coisas prá ela reaconteciam com demasiada frequência...
Até que se viu refletida no olho do rio e disse:
- Muito prazer!
E mergulhou ali na sua própria existência de água.
Mudou o correr da correnteza e decidiu cachoeirar prá cima e se viu lá do sopé da montanha.
Virou perene piracema!
(auto-retrato à moda de Manoel de Barros – 22-02-2011)
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- Muito prazer!
E mergulhou ali na sua própria existência de água.
Mudou o correr da correnteza e decidiu cachoeirar prá cima e se viu lá do sopé da montanha.
Virou perene piracema!
(auto-retrato à moda de Manoel de Barros – 22-02-2011)
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