Soneto do Sentimento
Só goles de sono pela manhã,
Havia se embriagado da madrugada!
E, ao notar leito e mola alquebrada,
Arrematou exegese da terçã.
E repetiu seu nome para dentro
Como que engolindo sua palavra,
Letra a letra (e sema) assim permeada,
Para que, então, se fixasse a contento.
Não olvidou frases de vapor em pó,
Perfumado e tátil calor querêncio
E, sob lençóis, falanges andarilhas...
Entrementes, ansiou ouvir ainda, só
Mais uma vez, o delicioso silêncio
Do diálogo pulsante de pupilas...