Soneto ao suspiro (ou senha espião)
Olho pela
janela e ouço o vento
Respiro e
espio mas não me contento,
Me pergunto: -
se não me apeteces,
Por que,
então, meu Deus, sempre apareces?
Nem me
lembrava, nem te esperava
Eu só orava, e
só pedia, e implorava
Até que numa
tarde abençoada
Surges-me à
porta, despreparada
Quando pedia
aos céus sinal qualquer
Que indicasse
uma direção sequer
Tocas em duplo
toque à cabeceira
Mensagem
noturna derradeira, ora!
Se me
desdenhas, se já me esqueces,
Por que, então, meu
Deus, sempre apareces?
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