Então, fui hoje obrigada a desempoeirar mais um poema... pelos idos de 1997 em julho, último dia antes da volta ao Brasil, num quarto de hotel em Barcelona, eu escrevi:
Barcelona
A rosa morreu
Logo depois que seu espinho
Tivesse cortado-me
Os pulsos.
O sangue escorre
Como lágrimas descem
Sobre a minha face
Branca.
A rosa morreu.
Por que não morre
Também a dor (?)
Só a alegria padece.
E a saudade
Mancha-me mais
Que o vermelho
Espalhado pelo quarto pálido.
A rosa morreu,
Mas sua alma
Ronda-me os sonhos,
Perturba.
Pedi três graças
A Deus na igreja...
Três Anjos.
Por que não vêem, ou
PorQue se foram
E deixaram-me a rosa (.) (?)
MortaSaudadeVermelhoSangue
Até as lágrimas partem...
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